No passado dia 16 de Abril aconteceu a inauguração da exposição Jane Austen 2.0 na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde estava em destaque vários trabalhos desenvolvidos por alunos em relação ao livro Emma de Jane Austen. 

Este trabalho foi desafiante, pois além da mistura entre o video, animação e o cenário desenhado era importante perceber a história e o pensamento daquela época para não fugir ao contexto pretendido.

Descobri por um mero acaso, os poemas da Patrícia, descobri que ela escrevia e bem. 

Uma palavra depois da outra com intensidades diferentes, mas todas importantes, que formam no seu todo, aquilo que vão poder ver... Ela escolheu o poema " nasci menina" é um poema com impacto e eu decidi mostrar isso, dando vida às palavras.  Vale a pena darem uma vista de olhos !

A página onde ela os partilha é : https://www.facebook.com/pepaginassoltas/  , e podem verificar o que estou a escrever.

Obrigada Patrícia por teres alinhado :D

Hoje temos a Sofia, que (decidiu seguir o seu o coração ) aqui no blog, um tema e uma experiência diferente do post anterior, mas com uma lição que devíamos todos levar nas nossas vidas, mas não digo mais que sou suspeita, é melhor lerem. 

       O meu percurso é bastante engraçado porque até chegar à dança saltitei por vários mundos, mas acho que acabei no sitio certo, ou pelo menos os outros fizeram me chegar à dança. Eu acredito que nada  é por acaso.

Comecei a dança já muito tarde, isto claro para quem gosta de fazer disto vida e trabalho, tinha 12 anos. Agora vocês dizem "Mas isso é tarde?" e eu respondo "não, mas para o meu corpo já era um bocadinho" já tinha o corpo demasiado formado para aquelas "loucuras" espargatas e afins que requerem um alongamento extremo. Bem, mas fora disso nunca é tarde para fazermos o que amamos ou desejamos fazer. 

A minha área inicial foi danças de salão, eu adorava aquilo de facto mas tinha um grande problema de precisar de um par e para variar não havia rapazes dispostos a isso, assim comecei no hip hop. A área que eu exploro até hoje e que me dá imenso gozo fazer.

Mas este percurso de todo que não foram só rosas! No secundário estava a tirar turismo, que assim directamente não tem nada a ver, mas depois rebuscando bem até tem algumas coisas e hoje tiro todo o proveito disso. Voltando ao secundário... chegou aquela altura decisiva de -ir para a faculdade ? - - ou não ir? - tirar o que? - Essas perguntas loucas. Então um dia cheguei a casa e disse " tomei a decisão e vou tirar dança na FMH (até já sabia a escola) e a reacção foi abraços e beijinhos e "força nisso, porque é o teu sonho".
 Afinal já toda agente sabia que era o meu sonho, menos eu! E é maravilhoso porque sempre tive todo o apoio para seguir todos os meus sonhos! Na "rua" infelizmente não foi tanto assim... lembro me da mãe de uma amiga minha, que me perguntou onde e no que me iria formar, isto claro com um grande sorriso na cara, eu disse: " Vou licenciar-me em dança pela FMH" , o sorriso dela caiu de imediato e ficou um ambiente estranho e disse " isso é profissão?" na minha cabeça passaram inúmeras coisas, muitos palavrões , mas por fora só um silencio. Até que eu disse sem negar e sem medos, com um ar altruísta "SIM! Existem muitas pessoas que vivem da dança", virei as costas. Até hoje ainda me pergunta de vez em quando como vai o trabalho, "o que tiraste mesmo ? " Acho que ela nunca acreditou e se fez de esquecida e ainda hoje levo isso na minha cabeça quando penso em desistir.

Vivo da dança e não sobrevivo, viva! Dou aulas, faço eventos, danço e gosto. Amo! Estou neste momento a criar um novo projecto de dança em casamentos, voltei a estudar para completar o meu curso e o meu sonho e estou muito feliz.  Não deixem ninguém dizer que não conseguem, mostrem sempre o quão eles estão enganados. 

(É possível ter uma t-shirt de algo que gostes, sem gastar muito?)

     Sempre quis ter uma camisola simples, bonita e com algo relacionado com o Harry Potter, era esse o principal objectivo, então decidi por mãos à obra. 
Comprei uma tshirt simples branca e um marcador especial para tecido(na loja união), imprimi um desenho a meu gosto passei para papel vegetal e depois desenhei na tshirt, a lápis primeiro de leve e depois pintei com o marcador. E dá para fazer como quiserem , ao estilo de cada um, com vários desenhos, é só dar asas à imaginação... 
      É algo muito simples e super acessível, fica bem em qualquer look. 

      Venho por aqui partilhar algo muito interessante que aconteceu este semestre na faculdade. Foi nos pedido um trabalho numa cadeira que consistia em fazer uma infografia sobre a vida de alguém. Até aí tudo bem... mas não podia ser Português e tinha de fazer vida cá e trabalhar também, mais propriamente em Lisboa.

Primeiro achámos desafiador, mas ao mesmo tempo ficámos muito chateados porque não conhecíamos ninguém, mesmo ninguém que preenche-se os requisitos do professor. 

       Então lembrei-me, que vi uma publicação do programa Você na TV, sobre uma pessoa que veio de Itália para Portugal para passar férias e gostou tanto que voltou para trabalhar, mais propriamente para fazer gelados, que diga-se de passagem, são óptimos, são completamente diferentes do que estamos habituados. Era a nossa oportunidade, tentámos entrar em contacto com ele e tivemos imensa sorte, ele respondeu prontamente e nos ajudou imenso. 

    Chama-se Moreno Gorrara, tem uma loja de gelados no areeiro chamada FIB - il vero gelato italiano,  recomendamos imenso a visita...

Obrigada Moreno, pela disponibilidade, pela paciência e pelos gelados maravilhosos.

Aqui ficam algumas fotografias do espaço e o nosso trabalho.

"Isso é do tempo da Maria Cachucha"  Alguém usa? ou conhece?
Expressão usada para dizer que algo é muito antigo.

Maria Cachucha era uma mulher que se destacava pela sua maneira de vestir e pelo seu aspecto físico, viveu em Torres Vedras. Ela tinha bigode, fumava, bebia e trabalhava num matadouro fazendo o trabalho que só os homens faziam, nasceu em 1900 e faleceu aos 60 anos, época em que também existiam máscaras, a máscara de sermos diferentes e mudarmos consoante o estado de espírito, cada um ter a sua própria personalidade, que cada pessoa é um actor, a vida é uma peça de teatro e nós somos diferentes actores a representar o seu papel na sociedade , como afirmava Erving Goffman

PT- "Escolhe as tuas representações com cuidado, porque aquilo que começa como uma máscara pode tornar-se a tua cara"

Por detrás da máscara, é a curta que deixa o espectador a pensar, uma analogia tanto ao Carnaval de Torres Vedras, por ser uma figura emblemática, às matrafonas, como à vida humana e à vida real, como as pessoas às vezes transparecem algo que não são, vestem máscaras e tornam-se outras, diferentes, sendo ou não aquilo que gostariam de ser.





Musica: 
Direitos reservado a:
Compositor: Anônimo (Séc. XIX)
Obra: Maria Cachucha
Intérprete: Luzia Sawaya
Piano: Achille Picchi